O Ato Penitencial não é um Sacramento, mas é muito importante na celebração eucarística. É o reconhecimento diante de Deus da condição de pobreza e pecado, necessidade de purificação e acolhida da misericórdia do Senhor. É uma preparação geral para se ouvir a Palavra de Deus.
O sacerdote faz uma introdução espontânea, ou seguindo fórmulas do ritual, convidando a um ato interior de arrependimento. Faz-se uma breve pausa para uma reflexão pessoal. Também há fórmulas no rito: Confesso a Deus... Tende compaixão.... Pode-se fazer a bênção e aspersão com água, cantar. O sacerdote conclui com a absolvição geral.
O “Senhor, tende piedade de nós”, não pertence propriamente ao Ato Penitencial. Vem depois e pode ser cantado.
A aspersão com água benta substitui o “Senhor, tende piedade de nós”.
O Ato Penitencial celebra uma experiência fundamental em nossa espiritualidade, que é a misericórdia divina, revelada por Jesus Cristo. O que movia o Senhor era apenas a misericórdia. Ele nos ensinou um remédio para curar os nossos pecados: não veio “chamar os justos, mas sim os pecadores” (Mt9,13). A consciência dos nossos pecados nasce da experiência do amor de Deus, que nos amou e nos escolheu “antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef1,4). Somos justificados pelo sangue de Cristo, dele recebemos a reconciliação (Rm5,8-11; Ef 1,7; IPd 1,18). A Igreja recebeu de Cristo as chaves do Reino dos céus, para dizer o poder e atar e desatar os pecados. Ela é mediadora da reconciliação. Na Eucaristia somos inundados pela misericórdia divina.