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19º Domingo do Tempo Comum - Ano A

19º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Reflexão da Liturgia Dominical

Mateus 14,22-33 narra cenas envolvendo Jesus e os discípulos, após a multiplicação dos pães. O texto diz que ele “mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar” (Mt 14,22). A barca é símbolo da comunidade. O mar é lugar de missão, com suas possibilidades e esperanças, mas também desafios. A ordem do Senhor é uma alusão à necessidade da evangelização.

Jesus despediu as multidões e subiu ao monte para orar a sós, até à noite. O monte, na Bíblia é lugar de encontro com Deus. Jesus tinha uma profunda comunhão com o Pai, expressa na sua oração contínua. A sua oração está em sintonia com a missão de fazer a vontade do Pai.

A barca no mar, agitada pelas ondas e pelo vento, é uma alusão ao trabalho missionário, que encontra desafios e gera medo e dúvidas nos discípulos. Água, mar e vento são símbolos dos perigos e resistências ao projeto de Deus.

Jesus andando sobre o mar apresenta-se como o senhor da situação: Ele tem o poder sobre as forças adversas. Sua presença sustenta a missão: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” (Mt 14,27). Ele cura do medo e protege a vida dos discípulos em meio às dificuldades. É o Emanuel, o Deus conosco.

Pedro lembra a comunidade que ainda duvida e tem medo. É salvo por Jesus.

Esta cena no mar lembra a missão da Igreja e de cada um de nós. Todo trabalho missionário exige confiança, ardor e coragem. Mas os desafios da realidade provocam também dúvidas, medo, fadiga e dificuldades que agitam o barco do nosso coração. Somente o Senhor, que é amor e nos ama, dá plena garantia dessas palavras: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”

Ao ouvir estas palavras de Jesus, tomamos consciência que a nossa vida está em suas mãos. O trabalho é exigente, implica dificuldades, renúncias e desafios. Mas o que o Senhor pede não supera as possibilidades do ser humano. Ele estende a sua mão para nos salvar, nos consola, tranquiliza e encoraja e nos ajuda a fazer a travessia.  A fé e a confiança na graça sustentam a vocação e o seguimento de Jesus Cristo. Com Ele, o jugo é suave e o peso é leve (Mt 11,30).

1 Rs 19,9ª-11-13ª narra Elias fugindo da perseguição do rei Acab e Jesabel, refugiando-se numa gruta. Nessa experiência de crise profunda, Deus se manifesta próximo e íntimo do profeta. Está presente no murmúrio de uma brisa suave, com uma serenidade e majestade cativantes. Nesta intimidade mística com o Senhor, Elias encontra força e coragem para seguir em frente.

Paulo sofre com a rejeição do Evangelho por parte dos judeus, principalmente por aqueles em quem Deus mais demonstrou amor e fidelidade. O apóstolo assume até ser rejeitado por Cristo em favor dos seus irmãos de raça (Rm 9,1-5).

Dom Paulo Roberto Beloto, Bispo Diocesano.