A Solenidade de todos os Santos convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a medita sobre a plenitude da vida divina que nos espera e, por isso mesmo, é uma ocasião propícia para elevar o nosso olhar, a partir das realidades terrenas, para a dimensão da eternidade celeste, pois a santidade é a vocação originária de cada Batizado (cf. Lumen Gentium, 40).
Todos os membros do Povo de Deus são chamados à santidade, segundo a afirmação da Apóstolo Paulo: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Tess 4,3). Portanto, somos convidados a olhar para a Igreja não somente no seu aspecto temporal e humano, tão marcado pela fragilidade, mas olharmos para a Igreja como Cristo a quis: “Comunhão dos santos” (CIC n. 946). No Credo nós professamos: “Creio na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos...”
Na participação dos Sacramentos nós somos santificados em Cristo que nos lavou e nos redimiu através do seu sangue derramado na Cruz: Jesus Cristo morreu “para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos” (João 11,52). Ser Cristão, pertencer à Igreja una, Santa e Católica, significa abrir-se a esta comunhão dos Santos, como uma semente que se abre na Terra e desabrocha no Céu. Se faz necessário ter a liberdade do peregrino, que caminha a passos largos na terra, mas tem o seu coração no Céu.
Fonte: Homiliário Solenidades, Bento XVI.