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Tempo da Quaresma - Pe Fábio

Tempo da Quaresma - Pe Fábio

Tempo da Quaresma

Iniciamos, nesta Quarta-feira de cinzas, esse novo tempo litúrgico com um brado eloquente do profeta Joel. Uma exortação que tem a finalidade de mudar os rumos da nossa vida.

“Retornai  a mim de todo o vosso coração, com jejum, lágrimas e gritos de luto, rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, retornai a Iahweh, vosso Deus, porque ele é bondoso e misericordioso.”

O retorno é sempre uma possibilidade aberta no projeto de Deus com relação ao homem. É uma criação do próprio Deus porque conhece a nossa debilidade e nossa índole que nos impulsiona sempre para fazer a nossa própria vontade e que frequentemente nos leva para o mal, para o pecado  e, consequentemente, para longe dos seus caminhos.

Esse retorno, ou seja, o voltar atrás, é justamente fruto da bondade e da misericórdia de Deus tendo em vista não deixar que o homem fique a mercê de si mesmo, dos seus próprios caprichos e impulsos que constantemente nos levam às paixões sugeridas pelo próprio demônio na nossa vida, para nos perdermos para sempre.

Longe de Deus, totalmente fragilizados, morremos para sempre. Longe dele perdemos a dimensão da nossa dignidade de pessoa criada por amor e para amar. Perdemos portanto o próprio sentido da nossa existência.

A quaresma é carregada da grandeza do amor do Pai que perdoa porque ama seus filhos, da docilidade do Senhor que se faz servo e se entrega sem limites e do Espírito Santo que nos faz viver não segundo a carne, realizando o que é carnal, mas nos dá a identidade de filhos podendo chamar a Deus de Abbá – Papai.

Por isso é um tempo de uma conversão profunda e sincera que denote uma mudança real e verdadeira de mentalidade e de volta para Deus.
Voltar a Deus é mudar de rumo, retomar a estrada da vida, deixar o caminho da morte.

Para isso o profeta nos apresenta a necessidade de fazer morrer o homem velho através de jejuns, lágrimas, e súplicas candentes daquele que experimenta a crueza da morte na vida que está levando.

É tempo, portanto de experimentar a misericórdia de Deus em nossa vida. Tempo de rever as nossas atitudes e nosso modo de vida e nos voltarmos ao arrependimento, à penitência, preparando, assim, para o que nos espera no final desse tempo e de toda a nossa existência: viver a Páscoa do Senhor, o acontecimento que nos introduz na eternidade.

Pe. Fábio