“A política é uma das formas mais elevadas da caridade, porque ela busca o bem comum”
Franca, 20 de agosto de 2024.
Aos presbíteros, diáconos, consagrados (as), seminaristas, lideranças, candidatos e fiéis eleitores.
Em outubro, dia 06 para primeiro turno e 27 para segundo turno, acontecerão as eleições municipais, momento em que nós, eleitores brasileiros, escolheremos os prefeitos, os vice-prefeitos e os vereadores para os nossos municípios. Nossa participação consciente e responsável, expressa o compromisso com a missão de cidadão e cidadã e o exercício do direito e dever de escolha de nossos representantes na administração dos municípios.
As eleições municipais nos aproximam do agir político, pois estão relacionadas a assuntos e situações que lidamos no dia-a-dia. Pelo voto, a partir das propostas dos candidatos, podemos indicar os caminhos que queremos para a educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, saneamento básico, ecologia, lazer, melhorias e conservação dos espaços públicos em nossos municípios.
Diante desse momento importante em nossos municípios, consideramos oportunas algumas reflexões que possam ajudar em nossas escolhas.
1. Como votar?
É preciso que cada eleitor exerça seu direito e dever de voto com consciência, liberdade, comprometimento e responsabilidade. Deve-se saber escolher bem, respeitar o voto e a escolha de cada um, sem criar divisões e conflitos.
O voto consciente é um ato de poder político. Ele tem implicações para a vida do povo e para o futuro. Assim, quando escolhemos certo, contribuímos para a realização do bem comum, que é a finalidade da política.
2. Em quem votar?
Antes de tudo, é importante ressaltar que a Igreja não indica candidato. Ela zela pela escolha livre e consciente dos eleitores.
Como orientação para a escolha dos candidatos, é importante que se conheça, quanto possível, a vida dos mesmos, suas trajetórias políticas, suas convicções e princípios, se possuem conhecimento dos problemas e demandas do município, se demonstram compromisso com o bem das pessoas.
Desse modo, é preciso analisar: se realizam uma campanha limpa, transparente e dentro dos parâmetros da lei; se apresentam propostas claras e adequadas para o município; se incentivam o debate e estudo sobre as demandas do município; se promovem e defendem princípios importantes, como: a vida como dom inviolável, a família como instituição básica do ser humano, conduta ética com as políticas públicas, educação e saúde de qualidade para todos, liberdade religiosa, trabalho e transporte dignos, solidariedade para com os mais pobres, combate à corrupção eleitoral e política, defesa do meio ambiente, entre outros.
Que pela intercessão de São Thomas More, patrono dos governantes e políticos, tenhamos eleições marcadas pela paz, justiça e respeito.
Dom Paulo Roberto Beloto – Bispo Diocesano
Coordenação Diocesana de Pastoral