Igreja São Judas Tadeu
Igreja São Judas Tadeu
Desde meados da década de 1940, os bairros de Franca cresciam rapidamente, tendo em vista a expansão do seu parque industrial e a consequente vinda de migrantes de outras localidades e estados. Todos aportavam na cidade em busca de melhores oportunidades de trabalho e melhoria da condição de vida.
Esses migrantes traziam consigo a fé, a religião e a religiosidade. Por isso, em 1948, foi criada em Franca a Paróquia São Sebastião, que abrangia o Bairro da Estação e um conjunto de novas vilas, conhecidas por "Vila Nova". Como a zona oeste se desenvolvia rapidamente, na década de 1950, já era prevista a criação de uma igreja para atender os fiéis residentes na região da Vila Nova. Nascia ali, o embrião da agora cinquentenária, Paróquia São Judas Tadeu.
A pedra fundamental para a construção da nova igreja foi lançada pelo então arcebispo de Ribeirão Preto, dom Felício da Cunha Vasconcelos, em outubro de 1968 (Franca ainda não era diocese), no terreno doado por uma instituição.
COMO TUDO COMEÇOU...
Com a pedra fundamental lançada a Liga Católica juntamente com alguns voluntários, ajudou na limpeza no aterro do terreno, especialmente no local onde se assentaria o futuro altar o templo foi projetado pelo engenheiro Luiz Couto Rosa e encantou a todos por ser um templo moderno, diferente dos padrões normais das demais paróquias. Um devoto de São Judas, o senhor Hugo Betarelo doou duzentos mil cruzeiros (dinheiro da época), um servente e um pedreiro, para que se iniciassem as obras. Foram erguidas as paredes e colocado o teto com a estrutura vinda de São Paulo
Chegava também, com o início da construção do templo o primeiro frade franciscano. frei Dionísio que, alojado nas dependências do Colégio Jesus Maria José arrebanhava as primeiras ovelhas Foram essas, os primeiros tijolos que construiriam as paredes espirituais fortes da futura paróquia, através de celebrações na capela do Coleginho. Nessa época, iniciaram-se os movimentos da Liga Católica Jesus Maria José e o Apostolado da Oração que se reuniam nas dependências do colégio E. antes mesmo da instalação da Diocese em Franca, no dia 28 de fevereiro de 1969 dom Felício criou através de decreto, a paróquia que recebeu o nome de São Judas Tadeu, já como matriz, gozando de todos os direitos e faculdades que, por direito Canônico e Constituições do Arcebispado recebem as Igrejas Matrizes, pia batismal sacrário digno e seguro em que o Santissimo Sacramento fosse conservado com todo o respeito e piedade livros de batizados, casamentos, encomendações, livro do Tombo e demais exigências do arquivo paroquial.
Com frei Dionísio, iniciou-se a primeira Campanha da Fraternidade da paróquia e os primeiros passos para a construção da futura creche, depois Casa Maternal São Francisco de Assis. Sabedor de que "a fé sem obras é morta frei Dionísio convidou a Liga Católica, através do senhor Antônio dos Santos Coelho, para atuar na "Ação Social Franciscana, por meio do Natal dos Pobres e também iniciar a construção da creche
Com a ajuda de voluntários e jovens, foram distribuídos envelopes, em toda a região, para que recolhessem doações para a construção da futura creche. Com essas doações e outras promoções que foram sendo realizadas, a paróquia conseguiu os recursos necessários e construiu a creche.
O PRIMEIRO VIGÁRIO
Com a construção física e espiritual a topo vapor, dom Felício nomeia, a 13 de março de 1969, o primeiro vigário da Paróquia São Judas Tadeu. E. a 13 de abril daquele ano às nove horas, no recinto da Matriz de São Judas Tadeu ainda em fase de construção, aconteceu o rito de posse solene do novo vigário. Para tal função for escolhido um frade franciscano italiano, que havia chegado juntamente com os primeiros missionários de São Francisco em 1949 frei Roque Biscioni, A missa concelebrada por vários sacerdotes, contou com grande presença de fiéis e marcou a instalação canônica da Paróquia São Judas Tadeu no distrito da Estação, nascendo já como paróquia e não como capela
Como vigário frei Roque juntamente com um grupo de entusiastas, fez realizar no período de 18 a 28 de abril, uma festa em benefício da igreja, a qual proporcionou uma renda bruta de mais de 25 milhões de cruzeiros (valor monetário à épocal Enquanto o templo era construído, os trabalhos pastorais e sacramentais continuaram a ser desenvolvidos nas dependências do Coleginho e a população fazia- se presente nas celebrações das santas missas bem coma ajudavam na arrecadação de verbas para a construção
As manifestações de ajuda também vinham de industriais, comerciantes, da Paróquia São Sebastião. de sitiantes moradores nos arredores das capelas de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Graças, dos bairros rurais de Bom Jardim e Caetitu respectivamente e da Capela de Santa Cruz de Ribeirão Corrente, que passaram a pertencer à Paróquia
Sete dias após a sua chegada frei Roque celebraria o primeiro batizado, na Capela do Colégio Jesus Maria José de Alexandro nascido no dia 17 de fevereiro de 1969 filho de Salvador Caetano Pereira e de Carmen Silvia Pereira Foram padrinhos. Gaspar das Graças Coelho e Maria Caetano Pereira
Os primeiros casamentos realizados, conforme livro de registro foram às quinze horas do dia 11 de maio de 1969, receberam-se em matrimônio Adauto Gomes e Aparecida Gonçalves, que eram casados civilmente desde 15 de fevereiro de 1969 e Orlando Vieira de Morais e Josefa Rocha Rodrigues, casados desde 15 de maio de 1965 no civil
Administrada pelos frades franciscanos, nesses 50 anos a paróquia já contou com o trabalho de 15 freis. entre párocos e vigários, teve 12 capelas, possui um velório e uma creche e a participação de leigos em 30 pastorais e movimentos. Por fim de semana, são celebradas na paróquia cinco missas. Ja durante a semana são duas celebrações eucarísticas diárias.