Domingo do Bom Pastor
4º Domingo da Pascoa
O BOM PASTOR
O quarto domingo da Páscoa nos traz um tema muito caro para a nossa reflexão e meditação: o pastoreio de Jesus.
Podemos nos perguntar, como é esse pastoreio, e, como Jesus conduz o seu rebanho?
O profeta Ezequiel, no
capítulo 34, fala dos pastores do rebanho do Senhor. Porém ele fala dos maus pastores, e de como
Deus os viu se portarem perante o rebanho.
São palavras contundentes que denunciam a infidelidade daqueles que foram
colocados à frente do povo de Deus para apascentá-lo, ou seja, para conduzi-lo
e protegê-lo.
Diz o profeta: “Vós vos alimentais com leite, vos vestis de lã e sacrificais as ovelhas mais gordas, mas não apascentais o rebanho! Não restaurastes o vigor das ovelhas abatidas, não curastes a que está doente, não tratastes a ferida, mas dominastes sobre elas com dureza e violência. Por falta de pastor, elas dispersaram-se e acabaram por servir de presa para todos os animais do campo. ”
Situação triste e parecida desoladora, portanto!
Esse pastoreio, denunciado
pelo profeta, não realiza o projeto de Deus. É um projeto de poder, de
exploração, de opressão e de interesses que está longe da verdadeira missão do
pastor e de quem conduz o povo, sem levar em conta o bem das ovelhas e o bem
comum entre elas.
Infelizmente isso podemos constatar como o profeta o fez no seu tempo. Há
muito, do que Ezequiel disse, presente naqueles que tem a tarefa de conduzir
hoje as ovelhas.
Jesus se intitula como um pastor diferente porque ele é bom, o Bom Pastor.
Por que Ele é o Bom Pastor e não apenas mais um pastor?
Ele próprio diz a causa: “porque o bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas”.
Ele diz que é o Bom Pastor porque em primeiro lugar “conhece as suas ovelhas”, porque se importa com cada uma delas. Por isso “as ovelhas também o conhecem”. E esse conhecimento ele compara como o seu conhecimento e o seu relacionamento com o Pai. “As minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai”. É, portanto conhecimento de profunda intimidade com Ele para a qual somos impelidos no seu seguimento como Pastor
A razão maior que Ele aponta para dizer que é o Bom Pastor é aquilo que Ele próprio está dizendo neste domingo e que realiza no mistério Pascal: “ Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas”.
A Páscoa que celebramos, e que
ainda vivemos no tempo litúrgico, é a confirmação de forma concreta e
definitiva da sua entrega pelas suas ovelhas, por isso ele nos conhece e nos
chama para que também o conheçamos e o reconheçamos como o nosso único Pastor.
Pe. Fábio