Dia do padre
Que o nosso padroeiro interceda pela nossa santidade.
O Papa emérito Bento XVI dizia que os
sacerdotes devem assimilar o método pastoral de São João Maria Vianney.
Aprendem com este santo a total identificação com a própria vocação, a
harmonizar a vida de ministro com a santidade do ministério.
Este santo viveu uma vida sempre
orientada para Deus. Às vezes até exagerava nos exercícios de mortificação. Mas
a sua intenção era buscar sempre a Deus. Sua vocação era sustentada pela
oração, meio que ele encontrou para superar as suas deficiências intelectuais.
Para rezar bem, não é preciso falar muito. A melhor oração é abrir o coração a
Jesus presente no sacrário.
Também era um homem de muita
persistência. Para preparar suas pobres homilias, gastava horas e horas de seus
dias e noites. Escrevia no seu caderno e depois decorava o que ia pregar. Sua
confiança em Deus era o seu sustento.
O cura D’Ars não fez nada de
extraordinário. Apenas repetiu gestos e práticas elementares, coisas que
qualquer padre pode fazer, como rezar, celebrar os sacramentos, praticar obras
de misericórdia corporais e espirituais para com os pobres e os aflitos.
Visitava as casas dos paroquianos e os doentes. Organizava missões populares e
festas dos santos padroeiros. Passeava pelos campos cumprimentando e
conversando com os camponeses. Rezava o rosário e fazia longas adorações.
Atendia confissões durante várias horas do dia. Incentivava os leigos nos
trabalhos apostólicos. Cuidou do catecismo das crianças. Assim foi se
santificando, durante mais de quarenta anos, fazendo as mesmas coisas.
Uma santidade que atraia multidões.
Apesar de tanto sucesso, não abandonava sua humildade. Dizia: “Creio que o bom
Deus não encontrou homens mais frágeis que eu para pôr em meu lugar e fazer o
bem. Normalmente, ele se serve do que há de menor para realizar o maior bem,
pois é Ele quem faz tudo”.
São João Maria Vianney tinha um
extraordinário amor à Eucaristia e à Confissão. “Todas as boas obras reunidas
não igualam o valor do sacrifício da Missa, porque aquelas são obras de homens,
enquanto a Santa Missa é obra de Deus”. Passou a vida no confessionário. Para
ele, o maior prazer de Deus é nos perdoar. Como perder a esperança de sua
misericórdia? “Não é o pecador que volta a Deus para lhe pedir perdão; é Deus
que corre atrás do pecador e o faz voltar a Ele”.
Quantas lições para os nossos padres!
Que o nosso padroeiro interceda pela nossa santidade. É a melhor resposta que
podemos dar Àquele que nos chamou.
Dom Paulo Roberto Beloto, Bispo
Diocesano.