04 de agosto: Dia do Padre
Do Pai, o padre recebe o sacerdócio como dom.
A Igreja católica no Brasil tem o
costume de celebrar e rezar no mês de agosto as diferentes vocações. Nela,
alguns são chamados à missão de animar, dirigir e coordenar, são os ministros
ordenados: diáconos, presbíteros e bispos. É uma vocação de carisma particular,
inspirada pelo Espírito Santo e convertida em ministério pela imposição das
mãos do bispo.
No dia 4 de agosto lembramos a figura
de São João Maria Vianney, conhecido como Cura d’Ars, um sacerdote francês
nascido em 1796. Destacou-se pela sua simplicidade, humildade, profunda vida de
oração, amor à Igreja, à Eucaristia e à Confissão. Seu testemunho de santidade
atraia multidões que o procuravam para buscar conselhos e obter o perdão dos
seus pecados. Dizia que “o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma
paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”, é um bom pastor,
“um pastor segundo o coração de Deus”. Cura d’Ars é o patrono dos padres.
Utilizamos vários nomes e títulos
para designar uma mesma pessoa, que recebeu da Igreja o Sacramento da Ordem,
continuando a missão confiada por Jesus Cristo aos apóstolos: padre,
presbítero, sacerdote, pastor, cônego, monsenhor, capelão, pároco, vigário
geral, vigário forâneo, vigário paroquial, chanceler, administrador. Alguns
nomes caracterizam a vocação, a natureza e a identidade do presbítero, outros,
os serviços ou títulos que pode exercer. O mais importante é a sua natureza ou
identidade. Em virtude da consagração recebida no sacramento da Ordem, ele é
colocado numa relação particular com a Santíssima Trindade e com a Igreja. Do
Pai, o padre recebe o sacerdócio como dom. Com Jesus Cristo, ele tem uma
relação ontológica e apostólica. Na ordenação presbiteral ele recebe o selo do
Espírito Santo, é um homem assinalado com o caráter sacramental para ser
ministro de Cristo e da Igreja.
Na comunidade eclesial, o padre tem
as missões de: santificar, celebrando o culto divino, é homem do altar e do
sacrifício; contempla, experimenta e vive a sua comunhão com Jesus Cristo,
modelo do sacerdócio; acolhe tais meios de santificação e oferece-os aos fiéis,
como dispensador dos mistérios divinos; ensinar, pregando o Evangelho; olha
para Jesus Cristo Profeta, sendo ouvinte fiel da Palavra de Deus, ministro,
apóstolo e dispensador; governar, representando Cristo Cabeça e Pastor da
Igreja, é guia do povo de Deus e ministro da caridade; caracteriza-se e se
santifica pela caridade pastoral.
Rezemos pela santidade de nossos sacerdotes.
Dom Paulo Roberto Beloto, Bispo de Franca.