"O amor de Deus" é o tema do Retiro dos bispos do Brasil

De Aparecida/SP, Dom Paulo Roberto Beloto

Iniciamos o nosso retiro espiritual, orientado por Dom Orlando Brandes (foto), Arcebispo de Aparecida, com o tema: O amor de Deus.

Somos amados pela Santíssima Trindade: essa experiência é a coisa mais importante que nos aconteceu. Amados pessoalmente e eternamente.

A certeza do amor de Deus por nós está revelada nas Sagradas Escrituras, é confirmada pelos santos e se expressa em tantos sinais de nossa existência.

Somos amados por antecipação, antes da criação do mundo, antes do nosso nascimento.  Somos um eterno desejo de Deus que se fez carne.

Fomos eleitos pela misericórdia de Deus e o amor explica a nossa eleição.

Quem não experimenta o amor de Deus torna-se agressivo, depressivo, defensivo, torna-se rejeitado, inseguro e dependente afetivo.

Quem sente-se amado, é entusiasmado, alegre e cheio de ardor.

Deus nos amou e se entregou por nós.

"O mandamento do amor é para o nosso bem, vida e felicidade. O proveito e o benefício é para quem pratica o mandamento e não para Deus que ordena. O serviço que prestamos a Deus pelos mandamentos, nada acrescenta a Deus. Ele é perfeito e de nada precisa.  Os mandamentos aperfeiçoam, ordenam, instruem, iluminam os que o praticam, tornando-os bons e felizes.  Deus de nada precisa, mas o homem necessita da comunhão com Deus, através dos mandamentos. Eis a "glória de Deus" (São Roberto Belarmino).

Na sua segunda reflexão, Dom Orlando nos ajudou a rezar a espiritualidade do Rito da nossa Ordenação Episcopal.

Fomos ordenados pela misericórdia de Deus: Ele nos ama e nos torna capazes de amar; a amabilidade deve ser um hábito em nossa vida. Nossa carteira de identidade é o amor de Deus, o nosso credo, o carimbo da nossa vida, que ninguém e nada pode tirar.  A cruz de Cristo é o amor excessivo, extremo e redentor.

O amor afetivo torna-se efetivo e ordena os nossos afetos desordenados.

Queres desempenhar até à morte a missão a ti confiada?

Amar até o fim, assumir e viver os martírios cotidianos, amar os mais pobres.

Em nossa missão episcopal, a Palavra de Deus deve ter a sua centralidade.

A mansidão e pureza de coração sejam para nós uma oferenda.

O bispo deve amar a Igreja, que lhe ofereceu tudo.

Nosso dia tem a sua conclusão com a celebração da Santa Eucaristia, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.