Imaculada Conceição

Dogmas Marianos

"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (cf. Gn 3, 15).

Quando olhamos a Sagrada Escritura, traçando uma relação entre Antigo e Novo Testamento, observa-se, que, inevitavelmente, por Eva o homem foi intoxicado pela veneno da serpente (o pecado), mas, de igual modo, mediante Maria, o homem ganha o antídoto da Salvação (o Cristo). Em face disso, torna-se inevitável destacar o papel preponderante de Maria na história da salvação, e, mais do que isso, observa-se que desde o princípio Deus pensara nela para o cumprimento de Seu plano para com a humanidade

Ora, embora a concepção da Imaculada Conceição sempre tenha feito parte do Depósito da Fé Católica, sua proclamação dogmática se deu em 8 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX, de saudosa memória. Neste sentido, destaca-se que a concepção sem mancha de Maria se deu por "especial privilégio divino e em virtude dos méritos de Cristo". Inclusive, vale salientar que já nos séculos VII e VIII eram entoados diversos hinos nos monastérios orientais.

A proclamação dogmática da Imaculada Conceição põe fim a uma longa discussão acalorada que remonta a Idade Média. Fato que, por sinal, culminara em uma devoção ainda mais fascinante à Virgem Santíssima.

Assim, importa destacar que pensar o culto à Imaculada Conceição nos faz perceber a grandeza de Deus, a dignidade da Virgem Maria e o chamado universal da humanidade à santidade. De fato, observando tão grande dádiva e se utilizando dos remédios sacramentais, com constância, o homem deve caminhar para um fim digno: a luta contra o pecado e a salvação.

Diogo Augusto, seminarista diocesano.