Caminho Neocatecumenal celebra 50 anos

50 anos de presença na Diocese de Franca

No próximo domingo, 7 de abril, são esperadas aproximadamente cinco mil pessoas no Ginásio Poliesportivo Pedro Morilla Fuentes, ‘Pedrocão’, na cidade de Franca, para celebrar a Eucaristia em comemoração pelos 50 anos da presença do Caminho Neocatecumenal na Diocese de Franca.

Com início às 15h, a Eucaristia será presidida por Dom Paulo Roberto Beloto, Bispo Diocesano, e contará com a presença de Dom Devair da Fonseca, Bispo de Piracicaba (SP), e Dom Ângelo Pignoli, Bispo emérito de Quixadá (CE), e da equipe de catequistas itinerantes responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, formada por Padre José Folqué, Raúl Viana e Antônia María Cendán.

O Caminho Neocatecumenal é um itinerário de formação católica para adultos que está a serviço dos bispos como uma das modalidades da realização da iniciação cristã e da educação permanente à fé. Este itinerário de redescobrimento do Batismo, similar ao que faziam os primeiros cristãos antes de serem batizados, realiza-se nas paróquias, vivido em comunidades constituídas por pessoas de diversas idades e condição social que, gradualmente, vão sendo levados a intimidade com Jesus Cristo e a se tornarem testemunhas da Boa Nova do Salvador.

A origem entre os pobres

O Caminho Neocatecumenal teve início em 1964, na favela de Palomeras Altas, periferia de Madri, Espanha, quando o pintor espanhol Francisco José Gomez Argüello Wirtz, Kiko, apesar da carreira promissora, viveu um período de crise existencial em que questionava o sentido da vida. Após passar por uma experiência profunda de conversão, deixou tudo e apenas com um crucifixo, uma bíblia e um violão, foi viver na favela, entre os mais pobres, para que no sofrimento deles pudesse encontrar e contemplar a Jesus Cristo. Neste processo, recebeu a inspiração da Virgem Maria: “Há que fazer comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré, que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo”.

Em Palomeras, Kiko conheceu a Serva de Deus Carmen Hernández. A pedido dos pobres que ali viviam, Kiko e Carmen lhes anunciavam o Evangelho. Aqueles pobres davam uma ressonância diante da Palavra proclamada, manifestando os primeiros reflexos do amor de Deus na vida de todos, aparecendo os primeiros sinais de conversão. Assim, nasceu a primeira comunidade fundamentada sobre o tripé “Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade”.

Com o passar do tempo e com o apoio do Arcebispo de Madri, na época, Dom Casimiro Morcillo, esta primeira comunidade começou a celebrar em uma paróquia próxima, e, aos poucos, este itinerário de iniciação cristã se difundiu na Arquidiocese de Madri e em outras dioceses espanholas.

Em 1968, convidados e apoiados por Dom Dino Torreggiani, Kiko e Carmen chegaram a Roma, e se estabeleceram na favela do Borghetto Latino. Com o consentimento do Cardeal Ângelo Dell’Acqua, então Vigário Geral de Sua Santidade para a cidade de Roma, teve início a primeira catequização na Paróquia de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e Santos Mártires Canadenses. A partir destas comunidades, o Caminho Neocatecumenal se difundiu em dioceses de todo o mundo. Em 1971, o presbítero italiano Mário Pezzi, missionário comboniano, com a permissão de seus superiores, incorporou-se à equipe com Kiko e Carmen.

A acolhida de Dom Diógenes em Franca

No Brasil, o Caminho Neocatecumenal começou em 1974, nos estados do Paraná e de São Paulo, sendo que neste, teve início na Diocese de Franca. Assim aconteceu:

Dom Diógenes Silva Matthes, primeiro bispo diocesano, recebeu a visita do sacerdote sacramentino, Padre Luiz Girotti, que exercia o ministério na cidade de Tambaú e havia voltado da Itália recentemente. Em conversa, o bispo comentou sobre a falta de sacerdotes na Diocese de Franca, ao que Padre Luiz recomendou: “Em Roma, na paróquia dos Santos Mártires Canadenses, estão enviando padres para o mundo. Escreve pedindo”, conforme anotações pessoais do próprio Dom Diógenes.

Padre Emílio Pignolli, na época, pároco em Orlândia, escreveu uma carta ao pároco da Paróquia dos Santos Mártires Canadenses, pedindo padres. No final de 1973, chegou o primeiro telegrama, avisando que ‘a equipe’ já estava pronta para partir, sendo formada por um padre, um leigo e uma freira.

Em 1974, chegaram na Paróquia de São José de Orlândia, Padre Romano Matrone, Ângelo Stefanini e Maria de Los Angeles, e anunciaram o Caminho Neocatecumenal a Dom Diógenes.

Após reunião do clero, na Casa Dom Luís de Brodósqui, duas paróquias acolheram este anúncio: Padre José Alberto Perón da Catedral da Imaculada Conceição de Franca, e Padre Emilio Pignolli, de Orlândia, à qual estava anexa a Capela Santa Rita de Cássia de Sales Oliveira. Nasceram as cinco primeiras comunidades neocatecumenais após a convivência no Mosteiro de Claraval dos Monges Cistercienses.

Nas anotações de Dom Diógenes, ele conta:

“Pessoalmente, participei de cada catequese para saber do que se tratava... E, como semente, germinou e deu frutos que mais tarde receberam o reconhecimento Pontifício pela S. C. dos Leigos.

Nossas primeiras convivências para o nascimento das comunidades foram feitas em julho de 1974. Não faltaram as necessárias cruzes e mortes para se ter também ressurreição e vida... Tudo para maior glória de Deus e expansão do seu reino.

O Santo Padre Paulo Vl, em 1975, muito se admirou que o Caminho tivesse chegado por aqui e, tomando minhas mãos entre as suas, me disse: “Cuida bem, me interesso por eles...”

Atualmente, o Caminho Neocatecumenal está presente em 25 paróquias da Diocese de Franca, num total de 140 comunidades.

Para mais informações
Site oficial internacional:
neocatechumenaleiter.org

Site oficial nacional:
cn.org.br

Site oficial sobre a Serva de Deus Carmen Hernández:
carmenhernandez.org

Contatos

Assessoria de Comunicação
Deborah Regina Figueiredo
Tel: (11) 99026-3411
E-mail: comunicação.cncbrasil@gmail.com

Centro Neocatecumenal de Franca
Cláudia Castaldi
Tel: (16) 99133-9689 / E-mail: claudia.castaldi@terra.com.br